Produzido a partir de materiais orgânicos renováveis, vegetais ou animais, o biocombustível tem sido uma das maiores alternativas sustentáveis, ao emitirem uma quantidade menor de gases de efeito estufa. Além de estar no topo de uso no Brasil em relação aos demais países.
Sua produção se dá ao converter materiais orgânicos em combustíveis utilizáveis. Dentre eles temos o Etano, muito utilizado, principalmente como aditivo à gasolina; Biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais, gorduras animais ou óleo de cozinha reciclado, pode ser utilizado em motores diesel convencionais; Bioquerosene, criado a partir de matérias-primas, incluindo óleos vegetais, algas e resíduos agrícolas e o Biogás, fabricado por meio de resíduos orgânicos, sendo eles alimentares, lixo, agrícolas e esterco.
Porém o uso de bicombustíveis como etanol e biodiesel, dependendo do modelo do motor e da qualidade do combustível utilizado, pode trazer complicações para os veículos, como por exemplo, a corrosão, em que o etanol por ser higroscópico, pode aumentar os níveis de umidade no sistema, proporcionando a corrosão de componentes metálicos, como tanques, bombas e linhas de combustível.
Além disso, o biodiesel pode causar obstruções, por meio do acúmulo de resíduos nos filtros de combustível devido à sua capacidade de dissolver depósitos acumulados no sistema. Outro caso é nas temperaturas mais baixas, em que o biodiesel pode desenvolver cristais que obstruem os filtros e mangueiras.
As misturas inadequadas ou de baixa qualidade de biodiesel ou etanol podem levar a combustão incompleta, gerando resíduos e reduzindo a vida útil do motor. Diante disso, motores de modelos antigos podem não estar preparados para lidar com misturas altas de bicombustíveis, devido à ausência de adaptações tecnológicas no sistema.
Por conta disso e de outros motivos, certifique-se de que o bicombustível atende às especificações regulamentadas, como ANP no Brasil, e realize as manutenções regulares trocando filtros e por meio das inspeções frequentes.
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